quinta-feira, 23 de abril de 2009



Paracatu, 23 de abril de 2009

Governo reconhece que barragem de rejeitos em Paracatu poderá causar fatalidades e danos extremos

A SUPRAMNOR, órgão do governo do Estado de Minas Gerais responsável pelo licenciamento ambiental, reconhece que o rompimento da nova barragem de rejeitos projetada pela mineradora transnacional canadense, RPM/Kinross, no Vale do Machadinho, no município de Paracatu, poderia causar grande número de fatalidades e danos extremos.

A afirmação consta do parecer do processo de licenciamento ambiental da nova barragem da RPM/Kinross, datado de 9 de dezembro de 2008. A classificação do risco da barragem projetada segue os critérios da Associação Canadense de Barragens (CDA). Segundo o parecer do governo estadual, as barragens da Bacia do Córrego do Eustáquio, no Vale do Machadinho, devem ser classificadas como tendo consequência de ruptura de "alta" (algumas fatalidades, grandes danos) a "muito alta" (grande número de fatalidades, danos extremos.

A barragem atual da RPM/Kinross já causa grande apreensão da população de Paracatu. São mais de 300 milhões de toneladas de rejeitos armazenados. As novas barragens projetadas armazenariam mais de um bilhão de toneladas de rejeitos da mineração de ouro em uma bacia hidrográfica considerada estratégica para o abastecimento público de Paracatu, cidade com cerca de 90 mil habitantes.

A justiça estadual e federal paralisaram o processo de licenciamento da nova barragem, alegando risco de dano à propriedade, irregularidades administrativas e descumprimento da lei ambiental pela mineradora e pelo Estado de Minas Gerais. A população de Paracatu está mobilizada para aprovar uma lei municipal, a "Lei das Águas de Paracatu" que impedirá a construção da nova barragem de rejeitos da mineração de ouro no Vale do Machadinho.

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Sergio Ulhoa Dani
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